quarta-feira, 27 de março de 2013

Modelos desfilam na Av. Paulista em protesto contra Ronaldo Fraga


Modelos desfilam na Av. Paulista em protesto contra Ronaldo Fraga: estilista usou palha de aço na cabeça de modelos.

Modelos negras desfilam em protesto nesta segunda-feira (25), na Avenida Paulista em São Paulo (SP). O protesto foi organizado pela agência de modelos negros HDA Models, contra o desfile do estilista Ronaldo Fraga no Fashion Week que usou modelos brancas  (Foto: J. Duran Machfee / Futura Press/ Estadão Conteúdo )

Modelos negras desfilam na Avenida Paulista  (Foto: J. Duran Machfee / Futura Press/ Estadão Conteúdo )

Modelos desfilaram nesta segunda-feira (25), na Avenida Paulista, em São Paulo, em protesto contra o estilista Ronaldo Fraga. Na semana passada, ele usou perucas e apliques de palha de aço na cabeça de modelos em desfile na São Paulo Fashion Week.
 
Nesta segunda, durante o protesto, as modelos desfilaram na calçada da Avenida Paulista. O evento foi organizado por uma agência de modelos negras.
Elas usaram a palha de aço como tecido para as roupas que usavam. Na cabeça, usaram pedaços de panos coloridos.
 
O grupo contesta as perucas idealizadas por Fraga em parceria com o maquiador Marcos Costa. Elas se tornaram alvo de um debate sobre racismo, que ganhou dimensão nas redes sociais. Em entrevista na ocasião, Fraga disse que sua proposta não foi entendida. “Quando acordei e vem essa acusação de racismo, eu pensei: gente, o que aconteceu, que mundo é esse?”

O estilista negou que tenha ficado frustrado, mas afirma que jamais pensou na associação da palha de aço com a questão racial. O material remete às antenas dos aparelhos de televisão, que antigamente recebiam bolinhas de bombril em suas pontas para melhorar a imagem da transmissão dos jogos de futebol.

Modelos posam para foto em frente ao Masp (Foto: J. Duran Machfee / Futura Press/ Estadão Conteúdo)
Modelos posam para foto em frente ao Masp (Foto: J. Duran Machfee / Futura Press/ Estadão Conteúdo)
 
 

 

Racismo no Futebol

Balotelli acredita que pouco está sendo feito para acabar com o racismo no futebol  


Mario Balotelli (Reprodução/Site
Mario Balotelli

Desde que voltou à Itália, o atacante do Milan, Mario Balotelli, vê o seu nome envolvido em problemas com questões raciais. E, segundo o próprio jogador, as autoridades responsáveis estão permissivas com os atos ofensivos. A matéria está no site do jornal The Sun desta segunda-feira (25).
 
Os “ultras” da Internazionale, seu ex-clube, fizeram cânticos racistas citando-o em uma partida do campeonato italiano contra o Chievo – houve punição e multa de R$ 34 mil aos neroazzurri. E no clássico entre Milan e Inter deste ano em que o italiano jogou, os interistas também direcionaram ofensas a Super Mario que, incrivelmente, foi multado, pois respondeu aos insultos com um “gesto vulgar” e teve que pagar mais de R$ 22 mil – já a Inter ficou com um prejuízo de R$ 112 mil por causa de sua torcida.
 
“Isso (racismo) me irrita, me deixa nervoso e eu não gosto dessas coisas. Temos feito pouco progresso nesta questão”, desabafou Balotelli.
 
Seu colega de clube, o ganês Kevin-Prince Boateng, foi discriminado racialmente durante uma partida amistosa de pré-temporada do Milan em janeiro passado e deixou o campo. Para Balo, atitudes assim precisam ser vistas pelas autoridades do futebol.
 
“Eu concordo com ele”, respondeu, sobre Boateng ter abandonado a partida. Na época, Mario ainda acertava sua saída do Manchester City para o San Siro.
 
“Para parar o racismo, nós todos precisamos contribuir juntos”, salientou.

Fonte:http://virgula.uol.com.br/ver/noticia/esporte/2013/03/25/322244-balotelli-acredita-que-pouco-esta-sendo-feito-para-acabar-com-o-racismo-no-futebol