sábado, 6 de agosto de 2011

Cotas raciais são mais efetivas que as sociais

BRASÍLIA - Pesquisa feita em 2010 pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) com cerca de 20 mil estudantes de graduação mostra que as cotas raciais tiveram maior impacto que as sociais nessas universidades.
A pesquisa constatou que a proporção de alunos das classes C, D e E foi de 43,7% em 2010, ante 42,8% no estudo anterior, de 2003 e 2004. Quando observada a divisão por raça, cor e etnia, seguindo critérios do IBGE, o aumento, em pontos porcentuais, foi maior: o de pretos, que era de 5,9%, chegou a 8,72%; o de pardos passou de 28,3% para 32,08%. Entretanto, o de amarelos caiu de 4,5% para 3,06%; e o de índios, de 2% para 0,93%.
Como a pesquisa incluiu universidades que não adotam ações afirmativas, o número global dilui o seu impacto . Além disso, a expansão da rede federal provocou o aumento do número de estudantes identificados como pretos (mais 29.524), pardos (77.664) e brancos (75.060), entre 2004 e 2010.
O relatório, observa o presidente da Andifes e reitor da Universidade Federal de Ouro Preto, João Luiz Martins, não constata o impacto com a adoção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pelas federais, impulsionada em 2009.
Pretos e pardos constituem 40,8% da comunidade universitária na graduação - no Censo 2010, a população brasileira que se classificou dessas formas foi de 50,74%. Sem as cotas, a Andifes crê que as federais seriam ainda mais elitistas. "Quando você percebe que a pesquisa aponta discrepância em relação à população, isso reforça a necessidade de ampliar as cotas", diz Martins. O maior aumento no número de alunos pretos ocorreu no Norte (13,4% contra 6,8%) e Nordeste (12,5% ante 8,6%).

Por: Rafael Moraes Moura - O Estado de S. Paulo

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Os negros nas universidades federais

Estudantes negros são menos de 10% nas universidades federais

Apesar de políticas afirmativas direcionadas para a população negra, esse público ainda é minoria nas universidades federais. Estudo que será lançado hoje (3) pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) sobre o perfil dos estudantes de graduação mostra que 8,72% deles são negros. Os brancos são 53,9% , os pardos 32% e os indígenas menos de 1%.


Ainda que a participação dos negros nas federais seja pequena, houve um crescimento em relação à pesquisa anterior produzida pela Andifes em 2003, quando menos de 6% dos alunos eram negros. Isso significa um aumento de 47,7% na participação dessa população em universidades federais.

Para o presidente da associação, João Luiz Martins, a evolução é “tímida”. Ele defende que as políticas afirmativas precisam ser mais agressivas para garantir a inclusão. “A universidade tem uma dívida enorme em relação a isso [inclusão de negros]. Há necessidade de ampliar essas ações porque o atendimento ainda é muito baixo”, avalia.

A entidade é contra uma legislação ou regra nacional que determine uma política comum para todas as instituições, como o projeto de lei que tramita no Senado e determina reserva de 50% das vagas para egressos de escolas públicas. “Cada um de nós tem uma política afirmativa que se adequa melhor à nossa realidade. No Norte, por exemplo, a universidade precisa de uma política que tenha atenção aos indígenas. No Sul, o perfil já é outro e na Bahia outro”, explica Martins.


O estudo mostra que os alunos egressos de escolas públicas são 44,8% dos estudantes das universidades federais. Mais de 40% cursaram todo o ensino médio em escola privada. O reitor da Universidade Federal do Pará (Ufpa), Carlos Maneschy, explica que na instituição metade das vagas do vestibular é reservada para egressos da rede pública. Desse total, 40% são para estudantes negros. Ele acredita que nos próximos anos a universidade terá 20% de alunos da raça negra. “Antes, nem 5% eram de escola pública”, diz.


Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2011-08-03/estudantes-negros-sao...

Homem-Aranha será negro

A Marvel anunciou nesta terça-feira (2) que o herdeiro do uniforme do Homem-Aranha após a morte de Peter Parker será Miles Morales, um jovem negro de origem hispânica que protegerá Nova York de vilões a partir desta quarta-feira, data em que o quarto número da série "Ultimate comics fallout" chegará às bancas dos Estados Unidos.


Homem-Aranha negro, na nova série 'Ultimate' (Foto: Marvel Comics/AP)

"Quando apareceu a oportunidade de criar um novo Homem-Aranha, sabíamos que tinha que ser um personagem que representasse a diversidade, tanto pela origem como pela experiência, do século XXI", disse em comunicado o editor-chefe da Marvel, Axel.

Assim, pela primeira vez na história será possível ver um novo Homem-Aranha que não está vivido pelo fotógrafo Peter Parker, que morreu em junho pelas mãos do vilão Duende Verde na saga "Ultimate", embora Parker continue vivo na série de histórias em quadrinhos original, "The Amazing Spider-Man".

Agora, o encarregado de proteger a cidade dos vilões nesta saga será Morales, que a Marvel qualifica de "novo personagem mais importante do século" e que em breve descobrirá "que junto com seus grandes poderes também vêm grandes responsabilidades... e grandes perigos", afirma a editora.

A história do novo Homem-Aranha foi escrita por Brian Michael Bendis, Jonathan Hickman e Nick Spencer, desenhada por Sara Pichelli, Salvador Larroca e Clayton Crain, e a capa ficou por conta de Mark Bagley.

A série "Ultimate" começou em 2000 com o objetivo de atrair jovens leitores com histórias alternativas e atualizadas dos super-heróis mais populares de Marvel, como Homem-Aranha, o Quarteto Fantástico e os X-Men.

Fonte:
http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/08/marvel-anuncia-que-nov...